Leena Nahata, especialista em Endocrinologia Pediátrica no Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, explica que os avanços na terapia oncológica pediátrica têm melhorado significativamente as taxas de sobrevivência, mudando o foco para os efeitos tardios do tratamento, tais como a infertilidade.
“Especificamente, nos rapazes púberes, há um método de preservação da fertilidade que é conhecido por ser seguro e eficaz”, indicou uma das especialistas presentes, que questiona o porquê dos médicos não recorrerem a estes serviços com maior frequência.
Os pesquisadores analisaram dados de 72 pacientes com cancro do sexo masculino com idade mínima de 13 anos sujeitos a transplante de medula óssea no Centro Oncológico Dana-Farber, nos Estados Unidos, entre 2003 e 2010.
Os resultados apurados sugerem que as terapias contra o cancro, mesmo que não sejam conhecidas por provocarem infertilidade permanente, podem causar disfunção gonadal transitória, impedindo os doentes de serem capazes de preservar a sua fertilidade após o início do tratamento.
À luz destes resultados, a especialista recordou que uma abordagem mais consistente para o aconselhamento em fertilidade é necessária para todos os adolescentes do sexo masculino com cancro.
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