A leucemia é o tipo de cancro mais prevalente em crianças e, devido à deteção tardia, a taxa de cura, nomeadamente em países subdesenvolvidos, ainda é muito baixa; por exemplo, na África do Sul, é de apenas 55%.
No dia 15 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional do Cancro Infantil. De acordo com a Childhood Cancer Foundation, cerca de dois terços das crianças que têm cancro nunca chegam sequer a um centro de tratamento e, se isso acontecer, é já nos últimos estágios da doença.
Os cancros mais comuns em crianças são a leucemia, os tumores cerebrais, os tumores de Wilms e os sarcomas dos tecidos moles.
E foi graças a uma deteção precoce que hoje a pequena Danelle, de apenas 4 anos, está viva.
A menina, natural de Mossel Bay, na África do Sul, foi diagnosticada com um tumor de Wilms logo no estágio inicial da doença.
A mãe de Danelle, Johanna, conta que a criança foi levada, pela primeira vez, ao hospital em agosto do ano passado, por causa de uma constipação que teimava em não desaparecer.
“Depois foi piorando. Lentamente, o estômago dela ficou inchado e duro, e foi aí que decidimos levá-la de imediato ao hospital. Lá, os médicos fizeram logo os exames e encontraram um tumor nos seus rins. O que a salvou foi o fato de que os médicos terem detetado o tumor numa fase muito inicial”, recorda Johanna.
A presidente regional da Childhood Cancer Foundation, Lynette Muthuray, enaltece que a deteção precoce do cancro infantil possibilita uma maior probabilidade de cura e um aumento na taxa de sobrevivência.
“Nos países desenvolvidos, o cancro infantil tornou-se amplamente curável, com a taxas de sobrevivência global a atingirem níveis entre os 70% e os 80%; mas em países como o da Danelle, a África do Sul, a taxa é de aproximadamente 55%.”
Segundo a médica, é por discrepâncias como esta que o Dia Internacional do Cancro Infantil ainda hoje é necessário.
“A celebração do dia 15 de fevereiro é uma iniciativa global de colaboração que pretende aumentar a consciencialização para o cancro pediátrico e expressar apoio a crianças com cancros, sobreviventes e às suas famílias”, explicou Lynette.
Fonte: IOL