Este ano, assinalam-se os 30 anos da Unidade de Transplante de Medula do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO de Lisboa), data essa que conta já com um portfólio de mais de dois mil transplantes.
Inaugurada em 1987, a unidade foi “criada” por Manuel Abecassis, hematologista e atual diretor do Departamento de Hematologia e do Serviço de Transplantação de Progenitores Hematopoiéticos. Só no ano passado, Manuel Abecassis operou 102 doentes, 12 dos quais crianças.
O primeiro transplante foi realizado numa criança de seis anos, hoje com 33. Esta unidade foi a primeira de seis atualmente disponíveis em Portugal.
A grande maioria dos doentes transplantados na Unidade de Transplante de Medula sofre de leucemias agudas, mielomas e linfomas e a taxa de sucesso de transplantes é na ordem 50%.
A unidade conta atualmente com uma lista de espera de 40 doentes, algo que não orgulha os responsáveis que se comprometem a melhorar as condições de cuidados e a renovar as instalações nos próximos dois anos. Dos atuais sete quartos sem casa de banho, passarão a existir 12, todos eles modernizados.
Manuel Abecassis reforça que em 30% dos casos os dadores são familiares, na sua maioria irmãos, número que tem vindo a diminuir nos últimos anos, dada a baixa taxa de natalidade.
Por este motivo, e para colmatar a escassez de dadores, desde 2014, a Unidade tem realizado transplantes de pais para filhos, ou vice-versa. Embora a compatibilidade seja mais baixa, os atuais esquemas de tratamentos permitem aumentar a eficácia dos transplantes em muitos destes casos.
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